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31.10.16

Proposta do BB para a Cassi - Contribuição do Diretor de Saúde




Olá companheir@s, amig@s e associados da Cassi,

A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, a maior autogestão do país, com gestão compartilhada entre os patrocinadores Banco e Associados, está em mesa de negociações entre as partes para buscar soluções de equilíbrio econômico-financeiro no plano de saúde dos funcionários da ativa, aposentados, pensionistas e dependentes.

Como gestor eleito pelos associados, nossa opinião é de que o objetivo central das negociações, desde que procuramos as entidades sindicais e representativas no final de 2014 para construir um calendário de mobilização e lutas unitárias, sempre foi o de manter os direitos conquistados ao longo da história de mais de 70 anos de existência da Caixa de Assistência; e alcançar a sustentabilidade da entidade de saúde mantendo o modelo de custeio solidário e cumprindo sua missão de "assegurar ações efetivas de atenção à saúde por meio de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação para uma vida melhor dos participantes".

Os dois patrocinadores associados da entidade de saúde definiram nas duas últimas reformas estatutárias, em 1996 e em 2007, o modelo de custeio baseado em contribuições por parte do Banco do Brasil (4,5%) e dos associados (3%) sobre a remuneração e benefícios dos associados, incluindo o 13º salário. Também definiram o Modelo de Atenção Integral à Saúde e a Estratégia Saúde da Família (ESF) como eixos norteadores para que a Cassi deixasse de ser uma mera pagadora de contas hospitalares e assistenciais vindas dos prestadores de serviços no mercado de saúde.

A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi lançada em 2003, após estudos e definições das governanças compartilhadas da operadora desde 1996. A Cassi passou a perseguir objetivos ousados de reorganização de seu sistema de serviços de saúde com a constituição de uma estrutura própria de atenção à saúde, as CliniCassi, e também uma estrutura administrativa nos Estados, além de uma Central de Pagamentos e uma Central de Atendimento 0800.

A organização dessa estrutura é central para o sucesso do Modelo de Atenção Integral à Saúde, com objetivos de atender a mais de 700 mil vidas assistidas em todos os Estados brasileiros e localizadas em todos os municípios onde o Banco do Brasil estiver e onde seus funcionários da ativa, aposentados, pensionistas e dependentes estiverem.

Com o passar das duas últimas décadas, ou seja, entre os anos de 1996 e 2016, grandes mudanças ocorreram no setor de saúde brasileiro. Há uma forte crise no setor de saúde suplementar (os planos de saúde) e o setor de saúde complementar (os prestadores de serviços de saúde) passa por mudanças e reorganizações "agressivas" no sentido de busca de maior lucro e retorno financeiro sobre os usuários do sistema e seus planos de saúde.

Faço essa introdução em nosso artigo de opinião sobre a proposta final apresentada em 05/09/16 pelo patrocinador Banco do Brasil para solucionar a questão do déficit no Plano de Associados da Cassi porque qualquer proposta econômica e financeira e também estruturante precisa conter soluções que deem conta da complexidade envolvida na gestão da saúde, tanto pública quanto privada. E na reorganização de sistemas de saúde, como nós da Cassi nos propusemos a realizar desde a reforma estatutária de 1996 é fundamental compreender essa complexidade.

UM MANDATO FOCADO EM DAR INFORMAÇÕES AOS ASSOCIADOS E ENTIDADES DA COMUNIDADE BB

Estamos há mais de dois anos levando informação qualificada a cada participante, a cada liderança dos associados e ao patrocinador BB e seus representantes a respeito das questões envolvidas nessa missão ousada que nós mesmos nos demos ao aceitarmos o desafio de definir que faríamos Atenção Integral à Saúde em mais de 700 mil participantes.

Esta contribuição deste Diretor de Saúde e de sua equipe é uma continuação do artigo de opinião e avaliação que fizemos em 01/09/16 (leia AQUI), quando publicamos um texto abordando a proposta inicial que havia sido feita pelo Banco do Brasil em 22/08/16.

DEFENDO APROVAÇÃO DA PROPOSTA PORQUE ELA TRAZ PERSPECTIVAS DE LUTAR PELA AMPLIAÇÃO DO MODELO DE ATENÇÃO INTEGRAL E ESF AO INJETAR RECURSOS EXTRAS ENTRE 2017 E 2019

Nós acreditamos que esta proposta apresentada pelo Banco do Brasil contém avanços importantes, se considerarmos a feita no final de 2014, ainda no âmbito da Cassi e que propunha aumento de contribuição só por parte dos associados, e diversas reduções de direitos ou aumentos de coparticipações, suspensão de programas de saúde, além da criação de franquia sob internação. Também entendemos que esta proposta é melhor que a de maio de 2015, quando foi aventada a transferência de responsabilidade atuarial do pós-laboral do BB para o próprio Plano de Associados através de um fundo de cerca de 6 bilhões, além de sugerido um rateio de eventuais déficits operacionais só aos associados, quebrando a solidariedade e onerando os mais idosos, os grupos familiares e os que tivessem utilizado mais o plano.

A proposta de ressarcimento por parte do Banco do Brasil em 23 milhões/mês mais os 17 milhões/mês por parte dos associados em contribuição extraordinária de 1%, totalizando 40 milhões/mês é uma receita importante até dezembro de 2019, caso aprovada pelo Corpo Social. Os 480 milhões por ano podem amenizar o déficit operacional do Plano de Associados; mas a receita extra sozinha não é suficiente para enfrentar uma das maiores causas do déficit: a Cassi seguir até hoje sendo uma pagadora de serviços de saúde comprados no mercado a preços cada dia mais impagáveis, e sem garantia de bom atendimento e resolutividade para os associados do plano.

A melhor perspectiva de solução para o uso dos recursos da Cassi está em avançar reorganizando o sistema de saúde que criamos, com o fortalecimento do próprio Modelo Assistencial da entidade, que tem um público mais estável que o mercado e que tem boas possibilidades de fornecer Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF) ao seu universo de assistidos, monitorar a população já adoecida, evitar novos adoecimentos e agravamentos e usar a Rede Credenciada com mais racionalidade e eficiência.

Nós temos feito palestras, debates, textos aqui no blog e boletins informativos para dar noções sobre os diversos fatores que afetam a sustentabilidade dos planos de saúde da Cassi, principalmente o Plano de Associados. Temos explicado os porquês de dificuldade de equilíbrio entre receitas e despesas, lembrando que a maior parte das causas são externas à Cassi, vêm do mercado de saúde. Por exemplo, não é aprovando essa proposta de aumento de receitas que vamos suprir especialidades médicas ou alguns prestadores na rede credenciada em algumas localidades onde temos assistidos, porque esses problemas que as operadoras de saúde enfrentam são de outra ordem, não são necessariamente por causa do déficit e sim por pressões mercadológicas para cobrar mais dos planos de saúde e seus participantes.

É por isso que defendemos um acréscimo na proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil que pode aumentar em muito as perspectivas de sucesso nas medidas que têm por objetivo estabilizar o Plano de Associados e aperfeiçoar a gestão da entidade com ações estruturantes.

SUGESTÕES DA DIRETORIA DE SAÚDE E REDE DE ATENDIMENTO A SEREM CONSIDERADAS NOS ORÇAMENTOS DA CASSI EM 2017, 2018 E 2019, NO CASO DE APROVAÇÃO DOS NOVOS RECURSOS

Seguem abaixo as contribuições de nossa Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento com os conceitos centrais em ampliar os cuidados dos participantes com Atenção Primária durante a vigência do Acordo. Nossa contribuição completa e detalhada foi apresentada em forma de parecer nos espaços de governança da Cassi entre os dias 24 e 26 de outubro em nosso voto na apreciação do Memorando de Entendimentos assinado entre Banco do Brasil e entidades representativas.

A Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento defende as medidas estruturantes apresentadas como propostas de iniciativa estratégica no final de 2014, adicionadas de ação emergencial que possua efeito seguro de recomposição de valores no fluxo de caixa no curto prazo enquanto não surtem efeito outras implementações mais perenes e/ou sistêmicas.

Neste sentido, somos a favor dos pontos 1 e 2 da proposta conduzida em mesa de negociação entre entidades dos associados e BB. É essencial que se mantenham as premissas e princípios já garantidos e pactuados nos debates entre as partes: princípio da solidariedade, investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde e Estratégia Saúde da Família (ESF), garantia de atendimento para ativos, aposentados, pensionistas e dependentes, e corresponsabilidade entre BB e Associados.

No atual cenário de déficits mensais, entendemos que o aporte sinalizado terá efeito meramente emergencial, para a situação cotidiana de arrecadação e pagamento de contas. Não afetará a essência das grandes questões. É necessário, assim, garantir os projetos estruturantes após a avaliação da consultoria. Além disso, é preciso algum avanço imediato na reorganização do sistema de saúde Cassi.

O mercado de saúde apresenta agravamento das relações comerciais, dos custos e da resolutividade. E nossa população ampliou sua longevidade em velocidade acima da média mundial. Não é recomendável, portanto, aguardar 3 anos para retomar a reorganização do sistema e agir mais sobre a qualidade e a sustentabilidade que queremos.

Urge continuarmos a estruturação do modelo assistencial, expandindo equipes de saúde, repactuando a agenda de assistência com prestadores de serviço (referenciamento da rede), e aumentando o controle sobre ações como a de internação domiciliar. A
 proposta de quantitativos, locais e investimento está no parecer que apresentamos no voto. Por isso, é necessário ainda em 2017, 2018 e 2019:

1 - Ampliar de forma localizada o número de equipes de saúde da família em relação ao quantitativo atual, acrescentando, em alguns casos, outros profissionais, inclusive médicos de demanda espontânea, sobretudo onde já há sinais claros de busca populacional por tais serviços;

2 - Reforçar equipes de PAD (Atenção Domiciliar) nas Unidades em que, igualmente, já exista demanda acima da capacidade instalada;

3 - Estabelecer estruturas do conceito "Polos Regionais de Atenção à Saúde" (organização de equipes de Atenção Primária na rede credenciada, com contratação monitorada e gerida por pequeno grupo gestor da Cassi);

4 - Constituir redes referenciadas (profissionais e instituições de saúde que atuem em consonância com a ESF e com a constituição de uma história clínica integrada e única da população assistida – referência e contrarreferência) em volta das estruturas de atenção primária (Clinicassi e Polos Regionais de Atenção à Saúde).

Os cenários que estudamos consideraram ampliações em praças cujo efeito sobre a despesa assistencial tem expressão e onde há governabilidade para os incrementos ocorrerem no tempo desejado. Os valores estimados envolvidos não destoam dos referenciais e patamares daquilo que o BB se dispõe a apresentar como ressarcimentos para programas e ações/estruturas clínicas, tendo a mesma classificação no que se refere ao contorno de rubricas envolvidas. Nem desconsideram a preocupação do patrocinador quanto a manter seu aporte como ressarcimento. Além disso, aproximam o total desembolsado pelo BB da proporcionalidade reivindicada pelas entidades dos associados como adequada (60% empresa; 40% associados).

Os efeitos projetados e desenhados sobre a qualidade da assistência e o gerenciamento de seu custo serão medidos e administrados de maneira a viabilizar a absorção desse aporte adicional sobre a despesa básica (assistencial), tornando o impacto do desembolso menor.

Acreditamos que as ações focadas que sugerimos dará o rumo e a certeza que a Cassi e seus patrocinadores (Corpo Social e BB) necessitam para avançar nas ações estruturantes de sustentabilidade e evitar tornar o presente acordo em mera medida emergencial, condenada a ser negligenciada tão logo superada a atual fase aguda da crise.

Consideramos relevante termos como referência para o próximo período, com anuência do patrocinador Banco do Brasil, a possibilidade de acionamento do Artigo 25 do Estatuto Social da Cassi para o caso de algum descasamento entre receitas e despesas assistenciais do Plano de Associados durante a vigência do acordo, porque os associados já estarão dando a sua contribuição extraordinária até dezembro de 2019.

Fazemos a lembrança acima (ao Artigo 25) porque a proposta em análise não repõe as reservas livres do Plano de Associados, que são importantes para momentos de déficits ao longo do exercício administrativo da entidade. Sem esta reserva reposta, é necessário que a sugestão de o patrocinador fazer antecipações esteja de alguma forma garantida para não haver descontinuidade na normalidade administrativa da Cassi.

Defendemos que o acordo, se aprovado, preveja e garanta o acompanhamento das entidades representativas partícipes do processo negocial, em conjunto com os gestores da Cassi, eleitos pelos associados, a cada trimestre, para melhor divulgação dos trabalhos e transparência, além de garantir o foco quanto ao que foi aprovado.

Ainda, em função de nossos compromissos com os associados e suas entidades representativas e por acreditar na extensão da cobertura do Modelo de Atenção Integral e ESF, defendemos a abertura de estudos e negociações entre Banco e trabalhadores para avaliar possibilidades de inclusão dos bancários oriundos de bancos incorporados pelo BB à Cassi e ao seu modelo assistencial, bem como aos seus programas de saúde.

UNIDADE EM DEFESA DA CASSI É FUNDAMENTAL

Vamos encerrar este texto, contudo, fazendo um chamamento à Unidade. Não à “Unidade” vazia da concordância forçada, mas à Unidade de debatermos, divergirmos, concordarmos, nos reposicionarmos, reinventarmos e, assim, construirmos os caminhos coletivos para restabelecer o vigor a essa senhora de 72 anos, a nossa Cassi.

Fazemos esse chamado porque já vemos sinais em algumas pessoas ou grupos em achar que o momento de crise é propício para retomar velhas disputas, partindo para ataques territoriais ou mesmo pessoais, talvez esperando, na destruição, criar um novo espaço de liderança e como tal serem aclamados. Temos certeza de que, se não concentrarmos nossa energia agora na sustentabilidade de nossa Caixa de Assistência, pode não sobrar sequer território sobre o qual fazer disputas amanhã.

Fica o convite: usemos a energia e a engenhosidade em favor da sustentabilidade da Cassi e do coletivo, agora. Se tivermos êxito, haverá depois o tempo adequado para corridas eleitorais, disputas pessoais e outras aspirações mais nobres ou menos nobres que tanto movem alguns seres humanos.


William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

28.10.16

Agenda do Diretor de Saúde em Alagoas



Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi Alagoas.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Estamos em Maceió, Alagoas, fechando os trabalhos desta semana em nosso mandato de representação na Cassi como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento. Foi uma semana muito intensa e com jornadas bastante cansativas.

Após 3 dias de reuniões, debates e deliberações na sede da Cassi em Brasília, viemos a Alagoas cumprir agenda de nossa área de saúde e rede.

Na quinta-feira 27 nos reunimos com o Conselho de Usuários da Cassi AL para prestar contas de nossos trabalhos, para falar a respeito da proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil a respeito do déficit do Plano de Associados e abordamos diversos outros temas levantados pelos conselheiros.


Equipe de funcionários reunidos com diretor de saúde.

Após mais de 3 horas de reunião, contei ainda com a boa vontade de uma parte de nossa equipe de funcionários da Cassi e apresentei estudos e resultados em saúde em relação à Estratégia Saúde da Família (ESF), tanto a nível nacional quanto do Estado.

Os funcionários da Cassi são muito importantes para a comunidade Banco do Brasil e temos que fazer o que estiver ao nosso alcance para valorizá-los.




Nesta sexta-feira 28 tivemos a felicidade de participar da VIII Conferência de Saúde da Cassi Alagoas, com o tema "Sustentabilidade da Cassi", onde pudemos realizar uma palestra a respeito abordando a reorganização dos serviços de saúde da Caixa de Assistência a partir da Atenção Integral e ESF. Abordamos modelos, questões a superar, os porquês do déficit recorrente do modelo de saúde fragmentado pagador à rede credenciada, falamos sobre a proposta do BB para a Cassi e respondemos a diversas dúvidas do plenário com mais de 70 pessoas.

Eu agradeço de coração a acolhida que tivemos por parte de tod@s e pelo apoio das entidades representativas e inclusive ao BB em Alagoas, mas deixo um agradecimento especial ao Sindicato dos Bancários que patrocinou nossas despesas de viagem e hospedagem para estarmos aqui com os bancários e associados.

Agradeço também o grande empenho e dedicação de nossas equipes de trabalho da Cassi, tanto das unidades nos Estados quanto das nossas Gerências de Saúde e Rede de Atendimento na sede em Brasília.

Eu estou cumprindo uma agenda de compromissos com a Cassi e com nossos projetos de saúde de forma militante, eu abracei a causa do modelo de saúde de nossa entidade. Estou bem cansado e ainda faltam grandes desafios até dezembro. Vamos cumprir todos. Mas meu cansado é revigorado cada vez que percebemos que não estamos sozinhos nas causas da saúde que defendemos.

Abraços a tod@s,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (Mandato 2014/18)


Post Scriptum:

Eu estava revisando o texto que vou publicar sobre a proposta do BB para a Cassi, mas o cansaço não me permitiu concentração para isso. Fica para depois.

25.10.16

Opinião e agenda do Diretor de Saúde da Cassi (PE, DF, AL)



Estivemos no Congresso das autogestões em saúde. A melhor perspectiva
para cuidar de pessoas e usar de forma mais racional recursos da saúde
é através da Atenção Primária. A Cassi é baseada nesse modelo e tudo
que queremos é poder ampliar nossa cobertura e cuidar de mais gente.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Terça-feira, 25 de outubro, quase meia-noite.

Não gosto de ficar muitos dias sem prestar contas de nosso mandato eletivo como Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB. A nossa jornada de trabalho nos últimos dias tem sido tão intensa que não consegui escrever nossa opinião e o que temos feito na defesa de nossos objetivos em saúde.

Saí da sede da Cassi nesta terça 25 depois das 22h. Foi um dia bastante cansativo, com reuniões estressantes e que nos consomem de verdade.

No dia de ontem, segunda 24, saímos da sede da Cassi depois da meia-noite, ou seja, no início de hoje. Começamos a semana com reunião extraordinária de Diretoria Executiva às 8:30h para analisar e deliberar sobre o Memorando de Entendimentos assinado entre o Patrocinador BB e as entidades sindicais e associativas que compuseram mesa de negociação sobre o déficit do plano de saúde dos funcionários do Banco.

Apesar de ter sido um dos responsáveis pela existência da mesa de negociação sobre a Cassi, pois procurei as entidades sindicais lá em dezembro de 2014 para construir calendário de mobilização e luta em defesa da Cassi e para negociar solução sobre o déficit preservando direitos em saúde e a própria Caixa de Assistência (é tudo público o que digo), eu não fui consultado sobre o documento final e só fui lê-lo para debater na reunião da Diretoria Executiva desta segunda-feira 25.

O documento contém as premissas do patrocinador Banco do Brasil, o que é normal. Eu defendo a proposta que traz recursos para a Cassi, no entanto, lamento não conter no documento as premissas construídas por todos nós do lado do Corpo Social e consensadas inclusive com os negociadores do Banco ao longo de 18 meses de processo negocial:

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- Manutenção do princípio da solidariedade como premissa fundamental do Plano de Associados em seu custeio mutualista intergeracional;

- Garantia de cobertura para ativos, aposentados, pensionistas e dependentes;

- Investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde e Estratégia Saúde da Família (ESF);

- Co-responsabilidade na gestão entre os patrocinadores Banco do Brasil e Corpo Social;

- Não redução de direitos e programas de saúde.

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Eu havia chegado no sábado à noite de uma longa semana de trabalho que fechei participando em Pernambuco do 19º Congresso da Unidas, entidade que congrega as autogestões em saúde. Porém, como gestor da Cassi, estamos 24 horas à disposição e poderíamos ter sido consultados.

Nesta semana, ainda teremos nesta quarta 26 a reunião do Conselho Deliberativo da Cassi. Na quinta 27 é a vez da reunião do Conselho Fiscal.




Vou fechar a semana de trabalho com a parte que mais vale a pena em toda a luta que estamos empreendendo em defesa dos associados e do Modelo de Atenção Integral à Saúde de nossa Caixa de Assistência: estarei em Maceió, Alagoas, para participar da Conferência de Saúde, onde farei palestra sobre a Sustentabilidade da Cassi.

Estarei junto à base social da Cassi, exercendo o principal papel de um gestor da área de saúde e da rede de atendimento própria de nossa autogestão. Estarei junto às lideranças e comunidade Banco do Brasil informando e esclarecendo a tod@s sobre o sistema de serviços de saúde da Cassi, como funciona, quais os direitos e deveres dos associados, as dificuldades da operadora, e as melhores perspectivas de sustentabilidade.

Agradeço enormemente ao Sindicato dos Bancários de Alagoas pelo apoio em patrocinar as passagens de ida e volta e a hospedagem do Diretor de Saúde da Cassi para participar do evento. Temos colocado milhares de reais de nosso próprio salário para fazer o trabalho que analisamos ser essencial para a Caixa de Assistência.

O meu papel é junto à comunidade que represento e que utiliza os serviços de saúde da operadora. Apesar das maledicências plantadas por alguns que só pensam em eleições e disputas de cargos em nossos espaços sociais, enquanto eu for Diretor de Saúde da Cassi, estarei onde devo estar: fortalecendo o pertencimento e agregando pessoas à cultura da Atenção Primária em Saúde (APS). Fora desse modelo contra-hegemônico, o que temos é uma autodestruição de recursos de saúde, sem resolutividade para com a saúde das pessoas.

Ando bastante chateado nesses dias, mas isso nunca impediu que fizesse exatamente o que devo fazer. A causa que defendo - a Cassi e a saúde dos participantes - é uma coisa ímpar, ela ao mesmo tempo consome a nossa saúde e alimenta a nossa utopia em salvar vidas.

Sigamos...

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

20.10.16

Cassi acerta parcerias pela promoção da saúde em Pernambuco



Reunião Cassi, Super, Gepes e Sindicato em Recife, PE.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

A nossa agenda de luta por parcerias para fortalecer a Cassi, nosso modelo assistencial e a causa da promoção da saúde e prevenção de doenças seguiu nesta semana de trabalho.

Estamos em Recife, Pernambuco, e concluímos uma intensa mas gratificante agenda de debates e compartilhamento de informações com os segmentos de associados da Cassi e entidades representativas do funcionalismo no Estado.

Reunião com Super, Gepes e Sindicato dos Bancários

A nossa agenda de dois dias terminou nesta quinta com uma reunião de parcerias que tivemos com a Superintendência, com a Gepes e com o Sindicato dos Bancários de Pernambuco.

Nós representantes da Cassi nos colocamos à disposição para divulgar para os mais de 3 mil bancários da ativa informações sobre a Cassi, como ela funciona, sobre o Modelo de Atenção Integral e Estratégia Saúde da Família (ESF), sobre a importância do autocuidado e as melhores formas de utilizar a Caixa de Assistência para atender às necessidades em saúde.

Nós temos duas CliniCassi em Pernambuco e nossas sete equipes de família e demais profissionais de saúde já cuidam de mais de 9 mil participantes. Com o Convênio firmado entre BB e Cassi para realizar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) é possível ampliar as perspectivas de cuidar de nossos trabalhadores assim que identificamos riscos para a saúde ou doenças crônicas, além de tudo que é avaliado no Exame Periódico de Saúde (EPS).

Lutar para cuidar da saúde dos bancários da ativa, mais de 100 mil trabalhadores no país, foi um de nossos compromissos nas eleições de 2014 e vale a pena buscar parcerias pela saúde porque cada vida que pudermos salvar e contribuir para uma melhor qualidade de vida, além de ser bom para os participantes é "Bom Pra Todos" como diz o BB.


Conversa com bancários e associados em Recife - PE.

Plenária com associados sobre Sustentabilidade da Cassi e a proposta apresentada pelo patrocinador BB

Na parte da manhã desta quinta 20, estivemos em plenário com bancários da ativa, aposentados, lideranças do Banco e das entidades representativas e Conselho de Usuários falando a respeito da proposta apresentada pelo patrocinador BB para a questão do déficit do Plano de Associados da Cassi.

Após uma fala inicial para contextualizar os colegas a respeito da crise do setor de saúde e os efeitos oriundos dela para a Cassi, pudemos fazer vários esclarecimentos a partir das perguntas feitas pelos participantes. Foi muito legal e muito produtiva nossa reunião. Todos nós saímos com mais informações e noções sobre a gestão da Cassi e de nossos esforços como Diretor de Saúde em reorganizar os serviços de saúde da Caixa de Assistência.


Estivemos no Sindicato conversando com as lideranças.

Cassi faz reunião com dirigentes e lideranças do Sindicato

Na noite de quarta-feira 19 estivemos reunidos na sede do Sindicato com a direção e com delegad@s sindicais para falar a respeito da Cassi, da proposta apresentada pelo patrocinador BB e esclarecemos diversas dúvidas, além de ouvir sugestões das lideranças sindicais.

Além do Diretor de Saúde e do Gerente da Cassi Pernambuco, estiveram presentes os Conselheiros eleitos da Cassi que são de Recife, Fabiano Felix, Presidente do CD, e Leodete Sandra, do CF.

A Presidenta do Sindicato, Suzineide, e a direção da entidade sugeriram a confecção de uma cartilha explicando sobre a Cassi, o Modelo de Atenção Integral, a ESF e CliniCassi e demais questões centrais sobre saúde e o setor. O Sindicato se dispôs a confeccionar o material. Ficamos muito felizes com a iniciativa, pois com esta contribuição do Sindicato os bancários terão uma excelente oportunidade de se empoderar de nossa entidade de saúde.


Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi PE.

Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi PE

A primeira agenda da quarta 19 foi nos reunirmos com o Conselho de Usuários da Cassi em Pernambuco. Foi uma excelente reunião.

O Coordenador do Conselho deu todos os informes relativos à reunião ocorrida na Anabb sobre a Cassi e a proposta do patrocinador BB para o déficit do Plano de Associados.

Depois fizemos uma fala inicial e abrimos um debate muito proveitoso. Mais uma vez, podemos afirmar que ganhamos tod@s com informações de qualidade.


Reunião com os nossos valorosos funcionários da Cassi.

Reunião com os funcionários da Cassi PE

Por fim, como parte da agenda de gestão da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento, nos reunimos com os funcionários da Cassi para mostrar estudos e dados de saúde e da população assistida em Pernambuco. Foi um momento de grande partilhamento de conhecimento, esclarecimentos, de colher sugestões e de agradecimentos a esse nosso patrimônio da Caixa de Assistência: os funcionários.

Antes de terminarmos esta longa agenda, ainda fomos à CliniCassi Boa Viagem, porque eu não conhecia esta nossa unidade. Ela está passando por reformas e daqui a poucos dias estará novinha para continuar atendendo à milhares de participantes. Recife conta com duas boas CliniCassi.

A gente vai aonde o associado está

Como vocês podem ver, foram dois dias de debates com dezenas de pessoas, de todos os segmentos da comunidade BB e tenho a convicção de termos feito o possível para fortalecer a Cassi e dar pertencimento aos associados e suas entidades representativas.

Estamos cansados, mas estamos fazendo o que tem que ser feito por um gestor de saúde eleito para isso. Agradeço a acolhida que tivemos por parte de todos e todas e agradeço a compreensão de minha família por estar suportando um trabalho que adotamos como uma causa e que nos tira do convívio praticamente o ano inteiro.

Abraços,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)


Post Scriptum:

Esta agenda em Pernambuco, que continua até sábado porque estamos participando do 19º Congresso da Unidas, foi custeada por mim mesmo e pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, que contribuiu com a taxa de inscrição no Congresso e com a hospedagem. Agradeço o apoio recebido.

19.10.16

Agenda do Diretor de Saúde da Cassi (Sobre Acordo Cassi)



Participando de reunião com sindicatos em SP nesta terça, 18/10.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

A nossa agenda de trabalho nesta semana está tão intensa que ainda não consegui parar sequer para postar nossos compromissos e atuações.

Estamos em Recife, Pernambuco, cumprindo agenda de planejamento de trabalho da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento. Quando terminar todos os compromissos nesta quinta, faremos matéria a respeito. 

Saibam que o dia hoje, quarta 19, começou às 8 horas da manhã em reunião com o Conselho de Usuários de PE. Depois tivemos reunião de gestão com os funcionários da Unidade Cassi durante toda a tarde e à noite nos reunimos com a direção e lideranças do Sindicato dos Bancários. Estamos terminando os trabalhos agora às 23h.

Na terça-feira 18, estivemos em reunião com os sindicatos da Contraf-CUT em SP para expor a nossa opinião sobre a proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil para a questão do déficit do Plano de Associados da Cassi. Sabemos dos limites que temos em relação a emplacar nossas contribuições e de nossas áreas técnicas sobre a proposta final do Banco, mas demos a nossa opinião às entidades sindicais.

Entre domingo e segunda, nos debruçamos sobre a pauta da reunião de Diretoria Executiva com 59 itens. Nesta semana, ainda não dormi mais que 5 horas por noite.

Durante as últimas semanas após a apresentação da proposta do Banco, em 5 de setembro, pudemos participar de alguns fóruns de entidades representativas e dizer o que pensamos a respeito da proposta. Estivemos na Aafbb no RJ e na Afabb SP; estivemos representados pelo nosso Gerente de Saúde da Cassi no encontro da Anabb e estive na Contraf-CUT.

As entidades da mesa de negociação - Contraf-CUT, Aafbb, Anabb e Faabb - se manifestaram favoráveis à proposta apresentada pelo Banco em 5 de setembro. Falta o retorno da Contec e ficou agendado para sexta-feira a assinatura de um memorando de entendimentos entre as partes para os próximos passos do processo de encaminhamento de consulta ao Corpo Social.

Vamos descansar um pouco porque temos ainda uma longa semana de trabalho pela frente.

Abraços,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento

16.10.16

Cassi acerta parcerias pela promoção da saúde no Rio Grande do Norte



Reunião de parcerias em saúde:
Cassi, Super, Gepes e Sindicato (RN).

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Nesta sexta-feira, 14 de outubro, estivemos em Natal, Rio Grande do Norte, realizando a nossa agenda de planejamento da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi. Nós definimos que no ano de 2016 iríamos visitar todos os Estados brasileiros para buscar parcerias com o Banco do Brasil em comunicação sobre saúde e por um melhor conhecimento por parte dos associados da ativa sobre a nossa Caixa de Assistência.

Iniciamos esta tarefa em fevereiro e agora faltam alguns Estados onde faremos tanto a agenda de parcerias quanto as Conferências de Saúde que faltam neste ano de 2016.

Reunião entre Cassi, Super, Gepes e Sindicato dos Bancários

A reunião para fortalecer as parcerias em defesa da promoção de saúde e melhorias na comunicação para os associados da ativa no Estado do Rio Grande do Norte foi muito positiva e pudemos pensar diversas ações de trabalho para o próximo período.

A Cassi conta com boa estrutura de atendimento à saúde em Natal, com 3 equipes de família e mais de 3.800 cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF). O Estado conta com mais de 12 mil participantes (mais de 1.400 na ativa) e temos espaço para atender a mais colegas e familiares na Unidade.

Neste ano de 2016, a Cassi RN já realizou mais de 30 atividades coletivas nas dependências do BB no Estado e em entidades associativas como a Afabb RN.

Serão ampliadas as participações da Cassi nos encontros e reuniões de gestores e bancários e também serão divulgadas mais informações sobre a ESF, sobre os atendimentos disponíveis na CliniCassi Natal.


CliniCassi Natal

Modificado em: 10 Maio 2016

Endereço: Avenida Amintas Barros, 3700 - Edifício CTC Torre B 14º e 15º Andares - Lagoa Nova - Natal - RN - 59075-810
Telefone: (84) 3087-2200
Fax: (84) 3087-2222
E-mail: clinicassi.natal.rn@cassi.com.br
CNPJ: 33.719.485/0009-84
Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 7h30 às 18h


Serviços:

Consulta com clínico geral, sem horário marcado
Consulta agendada com médico de família e enfermeiro
Perícia médica para autorização de procedimentos
Saúde ocupacional (Exame Periódico de Saúde, avaliação da capacidade laboral e homologação de licença saúde)
Autorização de medicamentos de uso contínuo
Autorização e gerenciamento de atendimento em domicílio
Autorização e gerenciamento de cuidados em saúde mental e para pessoas com deficiência
Auxílio da abstinência do tabagismo
Procedimentos de enfermagem
Nebulização
Administração de medicamentos (vias oral, venosa, intramuscular e subcutânea)
Aferição dos sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e pulso arterial)
Medição da glicose capilar
Gerenciamento de doenças crônicas
Coleta para exame citopatológico (papanicolau)
Exames clínicos em geral
Eletrocardiograma a pedido do médico de família
Teste do pezinho

Gerente de Unidade - Flávio Almeida Vinhaes



Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi RN.

Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi RN

Nosso primeiro compromisso em Natal pela manhã de sexta foi a participação na reunião do Conselho de Usuários. Pudemos prestar contas de nosso mandato e do trabalho que temos realizado em defesa dos associados e do Modelo de Atenção Integral à Saúde e após nossa primeira intervenção iniciamos um bate papo ouvindo os conselheiros e conselheiras e esclarecendo dúvidas, dando nossas opiniões sobre diversos temas inclusive sobre a proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil às entidades representativas sobre o déficit do Plano de Associados.

A reunião durou quase 3 horas e acho que foi bem positiva para todos nós que participamos porque partilhamos informações e construímos conhecimentos juntos.


Reunião de gestão com os funcionários da Cassi RN.
Muita troca de informações entre nós.

Reunião com os funcionários da Cassi RN

A reunião de gestão foi outro momento precioso de construção de conhecimento específico e de troca de informações a respeito da Cassi, como também de nosso modelo de saúde, dos projetos para fortalecer o atendimento e o cuidado de nossos participantes e outras questões afins como, por exemplo, os problemas do setor de saúde em geral, as demandas e reivindicações dos funcionários da Cassi, resoluções e legislação etc.

Eu agradeço a recepção e acolhida que tivemos por parte de tod@s em todas as reuniões que participamos. Acreditamos muito no trabalho que estamos realizando para somar nossas energias e conhecimento no fortalecimento da Caixa de Assistência. 

Mesmo com as crises que já pesavam no setor de saúde mais as graves crises criadas pelos opositores ao governo que foi eleito em 2014 e que colocaram o Brasil em um de seus períodos mais difíceis das últimas décadas, é possível fazer muita coisa para salvar vidas de participantes que ainda não são cuidados pela Cassi dentro do Modelo de Atenção Integral e ESF.

Foi uma semana pesada e muito cansativa para este diretor que vos fala e a semana que começa será mais cansativa ainda. Mas vamos encontrar energia para cumprir toda a agenda que teremos em nome e defesa da Cassi e dos associados.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)


Post Scriptum:

Esta agenda de trabalho por nossa Caixa de Assistência foi realizada com recursos próprios. Tenho hoje a Cassi como uma causa em minhas lutas.

13.10.16

Cassi acerta parcerias pela promoção da saúde na Paraíba


Reunião de parcerias em saúde: Cassi, Super, Sesmt e Sindicato na PB.

Olá companheir@s, amig@s e colegas do Banco do Brasil,

Chegamos ao 20º Estado brasileiro com nossa agenda de parcerias pela promoção da saúde e prevenção de doenças nesta quinta-feira 13 de outubro. Estivemos em João Pessoa, Paraíba, em um dia de excelentes reuniões com a comunidade BB para fortalecer a Cassi e o nosso Modelo de Atenção Integral à Saúde, que conta com a Estratégia Saúde da Família (ESF) e unidades de atendimento à saúde - CliniCassi - em todas as capitais dos Estados e algumas no interior.

Esta foi a quarta visita que realizamos ao Estado da Paraíba neste nosso mandato de Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil.

Reunião da Cassi com Super PB, Sesmt e Sindicato dos Bancários

Em nossa reunião de trabalho com a Superintendência do BB na Paraíba, planejamos juntos diversas ações em benefício de uma melhor comunicação para o conjunto dos funcionários da ativa, mais de 1.300 colegas, para fortalecermos a cultura de pertencimento à Caixa de Assistência e adequar expectativas dos participantes sobre as formas mais eficazes de todos terem suas necessidades em saúde atendidas pela nossa autogestão.

São várias as perspectivas de trabalho para o próximo período, onde Banco e Cassi e também o Sindicato podem divulgar o ABC da Estratégia Saúde da Família em pequenas inserções nos veículos de comunicação do BB como intranet e blog da Super, além de parcerias com os ecoas nas dependências do Estado.

O trabalho conjunto vai permitir atualizar e cadastrar os e-mails dos associados no site da Cassi para que cada participante seja também um fiscal das contas vindas da rede credenciada. A presença da Cassi será reforçada nos eventos do Banco que reunir os funcionários do Estado. E com as informações qualificadas a respeito da Caixa de Assistência para o conjunto dos associados, é possível melhor utilização dos direitos em saúde.

A Cassi tem quatro equipes de família na Paraíba nas CliniCassi João Pessoa e Campina Grande e já cuida de mais de 5 mil participantes. Temos uma estrutura adequada ao atendimento da população assistida e vamos avançar na promoção de saúde e prevenção de doenças.

Unidade CASSI Paraíba

Modificado em: 08 Janeiro 2016

Endereço: Av. Júlia Freire, 1200 - Edifício Metropolitan, 7º andar – Expedicionários – João Pessoa (PB) CEP - 58.041-000
Telefone: (83) 3015-2500 / 2525
Fax: (83) 3015-2547
Contato: Fale com a CASSI
CNPJ: 33.719.485/0023-32

Horário de Atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h

Serviços: atendimento multidisciplinar em Saúde da Família (médico de família, enfermeiro, técnico de enfermagem, psicólogo, e assistente social), consultas em clínica médica no pronto atendimento, saúde do trabalhador, perícias, procedimentos de enfermagem e coleta do exame papanicolau.

Gerente de Unidade - Adriana Corado Correa de Oliveira

CliniCassi João Pessoa

Modificado em: 10 Maio 2016

Endereço: Av. Júlia Freire, 1200 - 7º andar - Expedicionário - João Pessoa - PB - 58041-000
Telefone: (83) 3015-2525/2500
Fax: (83) 3015-2547
E-mail: clinicassi.joaopessoa.pb@cassi.com.br
CNPJ: 33.719.485/0023-32
Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 18h

Serviços:
Consulta com clínico geral, sem horário marcado
Consulta agendada com médico de família e enfermeiro
Perícia médica para autorização de procedimentos
Saúde ocupacional (Exame Periódico de Saúde, avaliação da capacidade laboral e homologação de licença saúde)
Autorização de medicamentos de uso contínuo
Autorização e gerenciamento de atendimento em domicílio
Autorização e gerenciamento de cuidados em saúde mental e para pessoas com deficiência
Auxílio da abstinência do tabagismo
Procedimentos de enfermagem
Nebulização
Administração de medicamentos (vias oral, venosa, intramuscular e subcutânea)
Aferição dos sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e pulso arterial)
Medição da glicose capilar
Gerenciamento de doenças crônicas
Coleta para exame citopatológico (papanicolau)
Exames clínicos em geral
Eletrocardiograma a pedido do médico de família

Gerente da CliniCASSI João Pessoa - Candice Carolline Malheiros Costa


CliniCassi Campina Grande

Modificado em: 10 Maio 2016

Endereço: Rua Duque de Caxias, 523 - Edifício San Raphael - Prata - Campina Grande - PB - 58400-506
Telefone: (83) 3341-0081
Fax: (83) 3341-0081
E-mail: clinicassi.campinagrande.pb@cassi.com.br
CNPJ: 33.719.485/0043-86
Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 18h

Serviços:
Consulta com clínico geral, sem horário marcado
Consulta agendada com médico de família e enfermeiro
Perícia médica para autorização de procedimentos
Saúde ocupacional (Exame Periódico de Saúde, avaliação da capacidade laboral e homologação de licença saúde)
Autorização de medicamentos de uso contínuo
Autorização de atendimento em domicílio
Autorização de cuidados em saúde mental e para pessoas com deficiência
Auxílio da abstinência do tabagismo
Administração de medicamentos (vias oral, venosa, intramuscular e subcutânea)
Aferição dos sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e pulso arterial)
Medição da glicose capilar
Exames clínicos em geral
Eletrocardiograma a pedido do médico de família




Reunião com o Conselho de Usuários da Cassi PB.

Reunião com o Conselho de Usuário da Cassi Paraíba

Estivemos reunidos com os conselheiros e conselheiras de usuários da Cassi no Estado da Paraíba e após o Diretor de Saúde prestar contas do mandato e das estratégias definidas pela área de saúde e rede em fortalecer e ampliar o modelo assistencial da entidade, foram abordados diversos temas como, por exemplo, a proposta apresentada pelo patrocinador Banco do Brasil às entidades representativas na mesa que discute o déficit no Plano de Associados.

Aproveitamos para reforçar as oportunidades e ferramentas disponíveis para falar de Cassi, de modelo ESF, de CliniCassi, de modelo solidário e outras questões afetas ao setor de autogestão através dos boletins Prestando Contas que produzimos a partir da Diretoria de Saúde todos os meses e que podem ser distribuídos tanto eletronicamente quanto impressos. Leiam AQUI o 27º que traz o tema Referenciamento de rede credenciada.

Ao final, tomaram posse os conselheiros do biênio 2016/2018.


Equipe Cassi PB.
Reunião de gestão com os funcionários da Cassi PB.

Reunião com os funcionários da Cassi PB

Uma parte importante da nossa agenda de visita e trabalho às unidades Cassi e CliniCassi tem sido nossas reuniões com os funcionários da entidade de saúde. Como diretor responsável pelas 92 unidades distribuídas em todo o Brasil, tenho muito respeito pelo quadro de trabalhadores que cuidam de nós todos associados e familiares (há décadas). São mais de 700 mil vidas assistidas por funcionários dedicados e apaixonados pelo que fazem.

Pudemos falar sobre a gestão, ouvimos diversos apontamentos muito legítimos de nossas equipes e não foi diferente de cada encontro nosso com os funcionários: saímos com mais conhecimento e com mais responsabilidade em lutar para que a Cassi esteja cada dia mais firme em seus propósitos de cuidar de pessoas.

Eu deixo um grande e fraterno agradecimento pela acolhida que tivemos de toda a comunidade aqui da Paraíba. Estamos chegando ao final do ano de trabalho com tantas e tantas dificuldades, com tantas coisas que nos chateiam principalmente na burocracia da direção da Cassi, mas quando vamos para as bases sociais da Cassi, revigoramos o sentido do que fazemos: representar associados e dar esperanças às pessoas sobre possibilidades de fazermos atenção primária e dar pertencimento à população assistida.

Nesta sexta 14 estaremos em Natal, RN, cumprindo agenda nossa de saúde no 21º Estado brasileiro.

Abraços a tod@s os meus pares da classe trabalhadora.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento


Post Scriptum:

Esta agenda de trabalho da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento foi realizada com recursos próprios do diretor eleito.

10.10.16

27º Boletim aborda Rede Referenciada na Atenção Integral à Saúde



Rede de Atenção à Saúde da Cassi

Referenciamento como estratégia para organização da rede de atenção à saúde

O Modelo de Atenção à Saúde adotado pela Cassi, organiza seus serviços próprios com base na Atenção Primária em Saúde. Tem como um dos seus principais atributos a integralidade, assim como o acesso, longitudinalidade, coordenação do cuidado. As estratégias utilizadas para estruturação e organização do sistema de saúde se voltam ao atendimento destas premissas.

O processo de Referenciamento se caracteriza como ferramenta essencial para consolidação do Modelo de Atenção Integral à Saúde, adotado pela Cassi, pois visa garantir a integralidade da assistência prestada pelas equipes de Saúde dos Serviços Próprios.


Leiam clicando AQUI e pedimos que divulguem para todos os participantes Cassi de seu relacionamento. 

Nós fazemos o boletim Prestando Contas desde que iniciamos o nosso mandato de representação dos associados e ele é feito para fortalecer a cultura de pertencimento à nossa autogestão, dando informações sobre nosso modelo assistencial, Atenção Primária à Saúde (APS), e demais informações centrais sobre a Cassi e o setor.

Abraços,

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento (mandato 2014/18)

PEC 241 é condenação de morte para milhares de brasileiros


Apresentação e comentário do blog

Olá companheir@s e leitores. Recomendo a leitura desta entrevista com o ex ministro da saúde José Gomes Temporão. É muito grave o que os golpistas que tomaram o país de assalto estão para fazer congelando as verbas da saúde. Isso vai custar a vida de milhares de pessoas por destruição da estrutura de saúde pública brasileira, que já é subfinanciada desde a Constituição Federal de 1988.

O que isso tem a ver conosco que estamos assistidos hoje por um plano de saúde privado, de autogestão e auto-financiado por nós mesmos e pela empresa em que trabalhamos - o Banco do Brasil? Tem tudo a ver, porque a destruição do SUS vai mudar a característica do modelo de saúde brasileiro. A tendência é prevalecer um modelo semelhante ao que vigora nos Estados Unidos, que tem uma medicina de ponta caríssima para quem pode pagar e que exclui dezenas de milhões de trabalhadores de qualquer tipo de atenção à saúde, seja preventiva, seja curativa.

Boas reflexões aos líderes de nosso segmento que lerem a matéria. 

Precisarei reforçar todos os dias um convite a vocês: colaborem conosco em criar uma Cultura de Saúde partilhando com seus grupos de afinidade as informações que lhes fornecemos para mobilizar nossos pares para a grande batalha, a do direito em saúde, porque sem saúde nem daremos saída às lutas que teremos pela frente.

William Mendes
Diretor de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi (mandato 2014/18)

(matéria da Carta Capital)


Temporão - foto: Adriana Loreti.

Entrevista – José Gomes Temporão

“PEC 241 é condenação de morte para milhares de brasileiros”

por Rodrigo Martins — publicado 10/10/2016 03h53

Em vez de sacrificar a saúde e a educação no ajuste fiscal, o ex-ministro propõe o enfrentamento à injusta estrutura tributária do País


Subfinanciado desde a sua criação, o Sistema Único de Saúde já tinha a sua sustentabilidade ameaçada pelas transformações que o País passa: um acelerado envelhecimento da população, acompanhado do aumento da prevalência de doenças crônicas, a demandar tratamentos prolongados e dispendiosos. A PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, apenas agrava o problema, com a perspectiva de perda real de recursos, avalia o médico José Gomes Temporão, ex-ministro da Saúde do governo Lula.

Aprovada por uma comissão especial da Câmara, a proposta deve ir a votação no plenário nesta semana. Para diminuir resistências parlamentares à aprovação, o relator Darcísio Perondi (PMDB-RS) combinou com o governo uma mudança no projeto. O congelamento dos recursos de saúde e educação começaria não em 2017, como previa a proposta original do governo, mas em 2018. Além disso, o novo relatório estabelece que a base de cálculo do piso da saúde em 2017 será de 15% da receita líquida, e não de 13,7%, como previsto inicialmente.

Mesmo com o alívio no primeiro ano, é prevista uma perda acumulada de centenas de bilhões de reais ao longo dos 20 anos de vigência. “Essa decisão do Congresso é uma condenação de morte para milhares de brasileiros que terão a saúde impactada por essa medida irresponsável”, diz Temporão, em entrevista a CartaCapital. “Estamos falando de fechamento de leitos hospitalares, de encerramento de serviços de saúde, de demissões de profissionais, de redução do acesso, de aumento da demora no atendimento.”

Para o ex-ministro, o País renuncia ao seu futuro ao sacrificar a saúde e a educação no ajuste fiscal. “Se existe um problema macroeconômico a ser enfrentado, do ponto de vista dos gastos públicos, há outros caminhos. Mas este governo não parece disposto a enfrentar a questão da reforma tributária”, afirma. “Temos uma estrutura tributária regressiva no Brasil, que penaliza os trabalhadores assalariados e a classe média, enquanto os ricos permanecem com os seus privilégios intocados”.




CartaCapital: O que representa a PEC 241 para a saúde pública?
José Gomes Temporão (JGT): Todos nós, especialistas em saúde pública que militam pela reforma sanitária há décadas, estamos estarrecidos com essa proposta. De um lado, ela denota a ignorância do governo sobre a dinâmica do setor de saúde. Bastaria fazer uma consulta ao portal Saúde Amanhã, da Fiocruz, que abriga uma série de estudos prospectivos dos impactos das transformações econômicas, políticas e sociais no campo da saúde para as próximas décadas, para que a PEC 241 fosse repensada.

Estamos vivendo um período de aceleradas transformações no Brasil do ponto de vista demográfico, epidemiológico, tecnológico e organizacional. Essas mudanças vão pressionar substancialmente o Sistema Único de Saúde, ameaçando, inclusive, a sua sustentabilidade econômica.


CC: Um desses fatores de pressão é o envelhecimento da população brasileira, pois os idosos demandam maior atenção médica.

JGT: Sim, esse é um dos aspectos: a transição demográfica. O Brasil está passando por um processo de envelhecimento populacional muito rápido, praticamente na metade do tempo que a França levou para concluir essa mesma transição. Também há uma mudança no padrão das enfermidades.

As doenças infectocontagiosas estão perdendo espaço relativo, enquanto avançam as doenças crônicas, que representam um custo mais alto, não apenas no diagnóstico, mas em virtude do tratamento prolongado, que pode se estender por toda a vida. A Organização Mundial da Saúde projeta que, em 2030, as principais causas de mortalidade no mundo não serão mais as doenças cardiovasculares ou cerebrovasculares, e sim o câncer, que tem um custo de tratamento altíssimo.


CC: Ou seja, os gastos com saúde só tendem a aumentar.

JGT: Na verdade, acho equivocado tratar saúde como gasto. Do conjunto de políticas sociais, ela tem uma dinâmica própria que pode, inclusive, fazer parte da solução macroeconômica para sair da crise. Ao contrário de outras áreas, nas quais a tecnologia costuma substituir o trabalho humano, na saúde ocorre justamente o contrário. Quanto mais tecnologia você incorpora, maior será a demanda de mão-de-obra qualificada.

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Gostaria, porém, de destacar uma profunda injustiça do ponto de vista político: os que estão patrocinando a PEC 241, esse crime contra a saúde pública, estarão protegidos por seus planos e seguros-saúde, inclusive subsidiados pelos contribuintes. Os funcionários públicos dos três poderes têm planos financiados, em parte, pelos impostos pagos por todos os brasileiros. Os legisladores fazem parte dos 20% da população que dispõem de planos de saúde, mas essa decisão afetará profundamente os 80% que só podem contar com o sistema público.

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CC: O governo argumenta que não está retirando dinheiro da saúde.
JGT: Isso é retórica. Eles também dizem que, para 2017, colocaram recursos a mais. No entanto, a partir de 2018 a saúde estará submetida à mesma regra, de ter o orçamento reajustado pela inflação acumulada no ano anterior. Ora, isso é desconhecer completamente que a inflação e a dinâmica da saúde seguem uma trajetória absolutamente distinta. Todos sabem disso, há toneladas de estudos que comprovam esse descompasso. Uma medida como essa, que vigorará por 20 anos, levará a um profundo desfinanciamento da saúde, que a partir do terceiro ou quarto ano terá uma perda real de recursos, enquanto a demanda só aumenta.

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Se existe um problema macroeconômico a ser enfrentado, do ponto de vista dos gastos públicos, há outros caminhos. Mas este governo não parece disposto a enfrentar a questão da reforma tributária. Por que não taxar melhor os 71 mil brasileiros mais ricos? Eles ganharam, em média, 4,1 milhões de reais no ano de 2013 e estão submetidos a uma carga tributária efetiva inferior a 7% (Confira um artigo a respeito, publicado pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo, vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

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Temos uma estrutura tributária regressiva no Brasil, que penaliza os trabalhadores assalariados e a classe média, enquanto os ricos permanecem com os seus privilégios intocados. Deveriam ficar de fora do ajuste fiscal as áreas de saúde, educação, ciência e tecnologia, pois delas dependem o futuro do País, o nosso projeto de desenvolvimento.


CC: Mas quem vai enfrentar os patos da Fiesp? Aquilo parecia ser um recado claro de que os ricos não estão dispostos a pagar mais impostos.
JGT: É verdade. Existe uma casta de brasileiros que detém uma fatia muito grande da renda nacional e pagam, proporcionalmente, muito pouco. O Brasil é um dos raros países do mundo que isentam empresários de pagar impostos sobre lucros e dividendos (dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, apenas México, Eslováquia e Estônia seguem essa tendência). Ou seja, a empresa paga o seu imposto, mas a pessoa física, quando declara essa renda, não é tributada.

Poderíamos fazer uma profunda discussão sobre essas disparidades, mas isso não entra na agenda política, até porque esse governo expressa justamente os interesses dessa casta de privilegiados.


CC: A bem da verdade, nenhum governo enfrentou com seriedade a questão da regressividade da estrutura tributária no Brasil...
JGT: Sim. Infelizmente, isso permaneceu intocado mesmo nos governos petistas, de Lula e Dilma Rousseff. Até hoje estamos nessa encruzilhada, com a necessidade de uma reforma política, de uma reforma tributária, com a saúde e a educação como grandes desafios.


CC: Qual é a estimativa de perda de recursos para a saúde pública?
JGT: O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada fez uma projeção, antes dessa última mexida no texto da PEC 241, que demonstra um impacto brutal, de centenas de bilhões de reais (em um cenário de crescimento do PIB de 2% ao ano, a perda acumulada em 20 anos seria de 654 bilhões de reais, segundo uma nota técnica divulgada pelo Ipea no fim de setembro. De acordo com uma projeção feita por uma Consultoria da Câmara, somente no ano de 2025, a perda seria de 63 bilhões de reais – no acumulado de dez anos, chega a 331 bilhões).

Na verdade, não se trata de números. Estamos falando de mortes. Essa decisão do Congresso é uma condenação de morte para milhares de brasileiros que terão a saúde impactada por essa medida irresponsável. Estamos falando de fechamento de leitos hospitalares, de encerramento de serviços de saúde, de demissões de profissionais, de redução do acesso, de aumento da demora no atendimento.


CC: E os dados da OMS revelam que investimento público em saúde no Brasil é inferior à média mundial, quando se analisa o gasto per capita.
JGT: É verdade, e a estrutura de gastos do setor é absolutamente distorcida. Apenas 48% das despesas totais com saúde no Brasil são públicas, o restante, 52%, são gastos privados, das famílias e das empresas. Os mais pobres também investem recursos próprios, toda vez que precisam comprar um medicamento ou ter acesso a algum serviço que não encontram na rede pública. No Brasil, o governo gasta pouco e o ônus do financiamento recai sobre as famílias.

A PEC 241 só agrava essa situação. Para ter um parâmetro de comparação, na Inglaterra, que também tem um sistema de saúde universal, 85% do gasto total é público. Essa é a grande diferença. Desde que nasceu, no final dos anos 1980, o SUS está subfinanciado. E, agora, corre o risco de passar por um processo de desfinanciamento, de retirada de recursos.


CC: O cardiologista e ex-ministro da Saúde Adib Jatene, falecido em 2014, costumava fazer comparações com a situação anterior ao SUS, quando apenas os trabalhadores formais, com carteira assinada, tinham acesso aos hospitais mantidos pelo extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). Os demais dependiam da filantropia. O SUS incluiu milhões de brasileiros, mas jamais teve os recursos necessários para contemplar o aumento da demanda.


JGT: O que está se defendendo aqui? Que não retornemos à situação pré-SUS, quando havia três categorias de brasileiros: os ricos e muito ricos, que pagavam diretamente pela atenção à sua saúde, a massa de trabalhadores formalmente inserida no mercado de trabalho, que eram garantidos pelo Inamps (e agora beneficiam-se de planos de saúde das empresas), e os demais, que dependiam da caridade.

A PEC 241 ameaça uma cláusula pétrea da Constituição de 1988, que é o direito à saúde. E a responsabilidade intransferível do que vier a acontecer é deste governo e dos congressistas que aprovarem este disparate.

Fonte da matéria: CartaCapital (com adaptações do blog)